Vamos imaginar que o administrador esteja atravessando o corredor e nota que um de seus subordinados, o Sr. Fulano, vem vindo em sentido contrário. Quando os dois se cruzam, o Sr. Fulano cumprimenta amavelmente o Gerente, dizendo: "Bom dia!... A propósito, temos um pequeno problema. Sabe como é..."
À medida que o Sr. Fulano vai falando, o Gerente descobre nesse problema os mesmos dois aspectos fundamentais que caracterizam todas as questões que seus subordinados graciosamente lhe trazem á atenção. Isto é:
Ele já sabe de sobra o que acontece para compreender a situação mas... Não sabe o suficiente para tomar uma decisão ali mesmo, o que seria a atitude esperada dele. Após algum tempo, o Gerente diz: "Foi bom você ter trazido isso ao meu conhecimento. Só que estou com muita pressa no momento. Deixe-me pensar um pouco no assunto e eu o aviso em seguida". Cada qual segue seu rumo.
Analisemos o que acaba de ocorrer. Antes de os dois se encontrarem, com quem estava o "Macaquinho"? Com o subordinado, é claro. Mas, depois que se separaram, com quem ficou? Com o Gerente. Portanto, o "tempo imposto pelo subordinado" começa no momento em que o "Macaquinho" consegue pular das costas do subordinado para as costas do seu supervisor, e o pior é que não termina enquanto o "Macaco" não voltar ao seu dono para ser tratado e devidamente alimentado.
Ao aceitar o "Macaco" nas costas, o Gerente, voluntariamente, assume a posição de subordinado do seu subordinado. Ou seja, ele permite que o Sr. Fulano o faça de seu próprio subordinado ao realizar duas coisas que um subordinado geralmente deve fazer para seu chefe - o administrador tirou a responsabilidade das costas de seu auxiliar e prometeu-lhe que faria um relatório sobre as providências cabíveis.
O subordinado, para certificar-se de que o Gerente não deixou de compreender tudo direitinho, dará um pulo a sala e cordialmente lhe indagará: "Então, como vai a coisa, chefe?" (a isso se chama supervisão...).
Ou então, imaginemos que, ao encerrar-se uma reuinião de rotina com um outro subordinado, Sr. Beltrano, o Gerente administrativo lhe diga: "Ótimo. Mande-me um memorando sobre isso aí"
Analisemos este caso. O "macaco" está nesse dado momento nas costas do subordinado porque a próxima providência é dele. Porém, o ágil "Macaquinho" já está preparando o pulo... Olhe só que danado! O Sr. Beltrano obedientemente elabora o memorando solicitado e o coloca em sua caixa de saída. Pouco depois, o Gerente o retira de sua caixa de entrada e o lê com atenção. De quem é a vez agora? Do Gerente administrativo, é claro! Se ele não tomar uma providência logo mais, receberá um outro "memo" de seu subordinado, cobrando a coisa (essa é uma outra forma de supervisão). E quanto mais o Gerente demorar em responder, tanto mais frustrado ficará seu subordinado (este ficará "dando tratos a bola") e mais culpado o Gerente se sentirá (seu atraso no "tempo imposto pelos subordinados" estará aumentando cada vez mais).
Suponhamos, por outro lado, que numa reunião com o Sr. Sicrano, o Gerente concorde em fornecer-lhe todo apoio num plano de relações públicas que acaba de solicitar-lhe. As palavras finais do Gerente ao Sr. Sicrano são: "Avise-me de que forma posso ajudá-lo nisso, está bem?"
Agora examinemos a situação. Neste caso o "macaquinho" inicialmente encontra-se nas costas do subordinado. Mas, por quanto tempo? O Sr. Sicrano entende perfeitamente que não pode desenvolver o plano até que a sua proposta receba a aprovação do Gerente. E, por experiência própria, também sabe que sua proposta com certeza ficará arquivada na pasta do Gerente por várias semanas, aguardando que o chefe, com tempo, chegue até lá. Quem é que realmente está com o "Macaquinho", então? Quem estará cobrando de quem? Haverá muita "fundição de cuca" e novo atraso nas providências, uma vez mais.
Outro subordinado, o Sr. De Tal, acaba de ser transferido de um outro departamento, a fim de lançar e posteriormente administrar um projeto recém-criado. O Gerente disse-lhe que deveriam reunir-se logo mais, a fim de estabelecer uma série de objetivos para o cargo, e que "farei um esforço inicial para discutirmos então a questão"
Ora, analisemos este caso também. O subordinado assume o novo cargo (por nomeação efetiva) e toma a si toda a responsabilidade (por delegação efetiva), só que a providência seguinte cabe ao Gerente administrativo. Enquanto ele não a tomar, estará com o "Macaquinho" nas costas e o subordinado ficará de braços cruzados...
Mas porque as coisas são assim? Porque em cada um dos casos o Gerente e o subordinado entendem logo de cara, consciente ou inconscientemente, que o tema em questão é um problema conjunto. O "macaco" em cada caso começa montado habilmente nas costas de ambos. Tudo o que tem a fazer agora é mexer a perna errada e pronto! o subordinado habilmente tira o corpo fora. O Gerente fica, assim, com mais um bicho em sua coleção. Claro que macacos podem ser ensinados a não movimentar a perna errada. Mas é bem mais fácil evitar que ele suba nas costas , para inicio de conversa.
Extraido do Ebook "Administração do Tempo" de Fernando Augusto.
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À medida que o Sr. Fulano vai falando, o Gerente descobre nesse problema os mesmos dois aspectos fundamentais que caracterizam todas as questões que seus subordinados graciosamente lhe trazem á atenção. Isto é:
Ele já sabe de sobra o que acontece para compreender a situação mas... Não sabe o suficiente para tomar uma decisão ali mesmo, o que seria a atitude esperada dele. Após algum tempo, o Gerente diz: "Foi bom você ter trazido isso ao meu conhecimento. Só que estou com muita pressa no momento. Deixe-me pensar um pouco no assunto e eu o aviso em seguida". Cada qual segue seu rumo.
Analisemos o que acaba de ocorrer. Antes de os dois se encontrarem, com quem estava o "Macaquinho"? Com o subordinado, é claro. Mas, depois que se separaram, com quem ficou? Com o Gerente. Portanto, o "tempo imposto pelo subordinado" começa no momento em que o "Macaquinho" consegue pular das costas do subordinado para as costas do seu supervisor, e o pior é que não termina enquanto o "Macaco" não voltar ao seu dono para ser tratado e devidamente alimentado.
Ao aceitar o "Macaco" nas costas, o Gerente, voluntariamente, assume a posição de subordinado do seu subordinado. Ou seja, ele permite que o Sr. Fulano o faça de seu próprio subordinado ao realizar duas coisas que um subordinado geralmente deve fazer para seu chefe - o administrador tirou a responsabilidade das costas de seu auxiliar e prometeu-lhe que faria um relatório sobre as providências cabíveis.
O subordinado, para certificar-se de que o Gerente não deixou de compreender tudo direitinho, dará um pulo a sala e cordialmente lhe indagará: "Então, como vai a coisa, chefe?" (a isso se chama supervisão...).
Ou então, imaginemos que, ao encerrar-se uma reuinião de rotina com um outro subordinado, Sr. Beltrano, o Gerente administrativo lhe diga: "Ótimo. Mande-me um memorando sobre isso aí"
Analisemos este caso. O "macaco" está nesse dado momento nas costas do subordinado porque a próxima providência é dele. Porém, o ágil "Macaquinho" já está preparando o pulo... Olhe só que danado! O Sr. Beltrano obedientemente elabora o memorando solicitado e o coloca em sua caixa de saída. Pouco depois, o Gerente o retira de sua caixa de entrada e o lê com atenção. De quem é a vez agora? Do Gerente administrativo, é claro! Se ele não tomar uma providência logo mais, receberá um outro "memo" de seu subordinado, cobrando a coisa (essa é uma outra forma de supervisão). E quanto mais o Gerente demorar em responder, tanto mais frustrado ficará seu subordinado (este ficará "dando tratos a bola") e mais culpado o Gerente se sentirá (seu atraso no "tempo imposto pelos subordinados" estará aumentando cada vez mais).
Suponhamos, por outro lado, que numa reunião com o Sr. Sicrano, o Gerente concorde em fornecer-lhe todo apoio num plano de relações públicas que acaba de solicitar-lhe. As palavras finais do Gerente ao Sr. Sicrano são: "Avise-me de que forma posso ajudá-lo nisso, está bem?"
Agora examinemos a situação. Neste caso o "macaquinho" inicialmente encontra-se nas costas do subordinado. Mas, por quanto tempo? O Sr. Sicrano entende perfeitamente que não pode desenvolver o plano até que a sua proposta receba a aprovação do Gerente. E, por experiência própria, também sabe que sua proposta com certeza ficará arquivada na pasta do Gerente por várias semanas, aguardando que o chefe, com tempo, chegue até lá. Quem é que realmente está com o "Macaquinho", então? Quem estará cobrando de quem? Haverá muita "fundição de cuca" e novo atraso nas providências, uma vez mais.
Outro subordinado, o Sr. De Tal, acaba de ser transferido de um outro departamento, a fim de lançar e posteriormente administrar um projeto recém-criado. O Gerente disse-lhe que deveriam reunir-se logo mais, a fim de estabelecer uma série de objetivos para o cargo, e que "farei um esforço inicial para discutirmos então a questão"
Ora, analisemos este caso também. O subordinado assume o novo cargo (por nomeação efetiva) e toma a si toda a responsabilidade (por delegação efetiva), só que a providência seguinte cabe ao Gerente administrativo. Enquanto ele não a tomar, estará com o "Macaquinho" nas costas e o subordinado ficará de braços cruzados...
Mas porque as coisas são assim? Porque em cada um dos casos o Gerente e o subordinado entendem logo de cara, consciente ou inconscientemente, que o tema em questão é um problema conjunto. O "macaco" em cada caso começa montado habilmente nas costas de ambos. Tudo o que tem a fazer agora é mexer a perna errada e pronto! o subordinado habilmente tira o corpo fora. O Gerente fica, assim, com mais um bicho em sua coleção. Claro que macacos podem ser ensinados a não movimentar a perna errada. Mas é bem mais fácil evitar que ele suba nas costas , para inicio de conversa.
Extraido do Ebook "Administração do Tempo" de Fernando Augusto.
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